sexta-feira, 30 de abril de 2010

Fato mais infeliz do mês:

Saudade! Há muito não sabia o que era saudade. Agora, esse sentimento retorna à sua 'casa'. De volta ao 'lar', repousa, descansa, faz morada. Deita e rola, numa folga danada! Sem pressa de ir embora. Fica aqui, bem no meu coração.
"Saudades não tem braços, mas sabe como apertar..."- Disse uma amiga minha. E é verdade; a saudade anda me apertando com tudo o que tem!
Ai, como dói! Maldita saudade!
"Saudades dá e passa"...Quem disse isso??? Acho que fui eu mesma, há uns meses atrás.
Devo não acreditar mais em minhas palavras.

Infeliz fato.

Quando as pessoas vão perceber que a vida NÃO é um 'Fashion Week', onde você desfila com seu Ray-Ban, ou com roupas da última tendência da moda?
Quando vão parar de pensar que a vida é uma Rave >sei lá como se escreve essa porra<, onde você se acaba de tanto dançar, beber e 'pegar'?
Sou eu ou o mundo é louco?

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Fato.

Hoje eu não estou legal. Isso porque me dei conta de muitas coisas.
Hoje por exemplo, percebi que a felicidade é para os fracos. Não que eu seja forte, mas somente pessoas fortes, ou com um pouco mais de fibra para suportar tanta coisa ruim em tão pouco tempo de vida.
Felicidade é para o tipo de gente que não aguenta derramar uma lágrima. Felicidade é para o tipo de gente que não de adapta à nada na vida: morte, pobreza, violência...nada assim. Felicidade é só pra quem pode. Para quem pode sorrir e festejar.
Felicidade é pra gente fraca. Porque, só os fortes permanecem na mesma. Isso é fato.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Fato, fato. Não é conto MESMO!

Eu não preciso dizer que ele causava efeitos anestésicos em mim. Eu causava nele também. Ele me disse isso uma vez.

Lembro-me de uma vez em que, acordei profundamente triste. Não de uma tristeza sem causa, por assim dizer. Eu só não sabia o por que. Estava triste, amargurada o tempo inteiro, e depois de algum tempo meditando, eu descobri o que de fato me perturbava. Sabe, eu tenho um sério problema de não conseguir ouvir minhas palavras. Muitas das vezes, eu não consigo ver o que está por detrás de minha mente. Talvez seja porque eu realmente não queira olhar tanto. Na verdade, não gosto muito. Olhar para quê? Não preciso saber nada disso. Nem sentir. Mas enfim, eu descobri.

Descobri e me aborreci. Ele percebeu isso ao passo que me perguntou: "Que acontece? Fiz eu algo que a deixou triste?

Respondi algo que não me recordo agora. Não costumo me lembrar das coisas que falo simplesmente por julgá-las inúteis. Sem nenhum propósito. Porém, as dele eu guardo na memória. Nas minhas memórias. Cada vez mais memoráveis. Depois de minha resposta, ele me disse: "Ao passo que me envolvo contigo, eu preciso saber o que há com você. Odeio te ver mal."

Lembro-me vagamente que respondi assim: "Estou cansada. Só isso. Cansada dessa cidade, da faculdade, de casa...cansada de mim! Cansada de tudo! Sinto-me presa. Sinto-me como cavalos selvagens, galopando ferozmente. Sinto-me só. MUITO só."

Nessa hora, meu coração já estava doendo. De fato, eu estava angustiada. Eu não tinha para onde correr, ou à quem recorrer. Naquele momento, eu tinha apenas ele. E eu não poderia esperar menos dele. Ele sempre me surpreendia.

"Não estás só. Tens à mim, e terás sempre!" Respondeu-me ele. Uma frase curta, simples. Poucas palavras. Mas, surtiram o efeito desejado. Já não me sentia triste. Estava contente. Antes, eu estava na chuva, sem proteção alguma. Agora, ele me protegia e me aquecia. "Espero ser sempre seu protetor em dias de tempestades."- disse-me ele uma vez. Não estava mais na chuva. Estava dentro de casa, fitando as gotas caírem pela janela. Olhei em direção à ele. Sorria. E isso aqueceu meu coração.

Sabe de uma coisa? Em dias de inverno é legal ter alguém pra aquecer a pele. Mas, nada melhor que ter alguém pra aquecer seu coração. Isso é fato. Não é um conto. Não mesmo.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Fato.

Já reparou como é linda a cor do céu? Tons azuis, brancos, às vezes um mais avermelhado, com raspadas alaranjadas. Depois, um véu azul marinho, ou um violeta. Inúmeros tons. Roxo, azul, amarelo, laranja, violeta, vermelho...em vários tons. E eu não me canso de olhar. Seus tons dourados ou cinza. Dependendo do dia. Cor é algo que me chama a atenção. Primeiro as cores. Depois o resto. Pessoas me entendiam, mas, as cores não. Eu vivi esse tempo todo admirando as mesmas cores, mas, em tons diferentes. Não me canso delas. De algumas pessoas sim. O mesmo sinto pela música. Posso ouvir repetidas vezes, mas suas notas sempre surtirão o mesmo efeito em mim. Acho que é porque não foram criadas por mãos humanas. Não mesmo. Nem a cor, nem a música. Uma pessoa não faz um pássaro cantar, nem pinta o azul do mar. Isso é fato. Isso os torna atraentes e vivos. Talvez por isso, eu me sinta atraída por eles. Não vêm de humanos. Vêm de algo sublime. Algo inexistente. Pelo menos à mim.

domingo, 25 de abril de 2010

Conto. Ou fato. Fato. Ou conto.

Lembro-me de uma vez, antes daquela do beijo, eu estava em casa sozinha e o tédio começava a tomar conta de mim. Estava sentada aqui como comumente, e de repente, resolvi ligar para ele. Estava no serviço, e ia sair em uma hora mais ou menos. Liguei para ele, e marquei de nos encontrarmos perto de seu serviço. Nesse época, ele trabalhava numa empresa de vendas de cozinhas. Tinha acabado de ser contratado, e estava feliz. Precisava daquele emprego, pois, morava só, e tinha que se sustentar. O emprego era bom; saláro + benefícios e etc. E era uma empresa séria, como ele mesmo me disse.

Marquei de nos encontrarmos. Esperei impacientemente, contando os minutos e, os segundos. Não vesti minha melhor roupa. Não era um encontro; eu só queria conversar. E o ver, claro. Arrumei-me como de costume, deixei um bilhete para minha mãe, desci as escadas, atravessei a rua e esperei ônibus. Parecia uma eternidade. O ônibus demorava, e isso me deixara furiosa. Já haviam se passado uns dez minutos após o horário marcado. Ele poderia não esperar, ir para casa sozinho, tomar um banho e sair com alguns amigos, sei lá. E, poderia ficar chateado, achando que eu dei ‘bolo’. Enfim o ônibus chega, para meu alívio. Ainda tinha alguns minutos. Em qualquer situação espera-se que a pessoa tenha pelo menos meia hora de tolerância no quesito: horários. E ele era muito paciente. As nuvens negras já cobriam o céu, dando a entender que uma pancada de chuva ia cair em pouco tempo.

“Droga! Esqueci meu guarda-chuva”- pensei eu. Uma curiosidade que eu não sabia (é, eu não sabia disso MESMO) é que na verdade, eu havia esquecido minha sombrinha, e não meu guarda chuva. Eu não tenho um guarda-chuva de verdade. Eu tinha uma sombrinha, que é utilizada em dias de sol, quando o calor está insuportável. Um outro fato é que minha mãe REALMENTE usa a sombrinha de forma correta, o que minha irmã acha um absurdo, pois, ninguém usa sombrinha em dias ensolarados. “Vai pagar mico!” diz ela.

Desci do ônibus, e fui caminhando até o lugar marcado. Lá estava ele. Olhos cinzentos, baixos, fixos ao chão. Devia estar cansado, mas parecia-me mais pensativo. Abri um sorriso em direção à ele, ao que ele me respondeu com um olhar vago. Havia algo errado, e eu já sabia o que era. Não vale por aqui. É algo muito íntimo, algo dele e não meu. Não posso por isso aqui. Mas eu sabia o que era.

Era incrível como a beleza de era...encantadora. Mesmo naquela paisagem turbulenta, naquele tempo negro, seus olhos luziam, e mesmo sério, sua aparência era branda demais. Ele estava assustadoramente pensativo. Nunca o havia visto assim. Comecei à tagarelar como comumente, mas ele só me respondia: ‘sim’, ‘sim, ‘não’,’ não’...ou às vezes...’hmmmm’.

Pingos grossos de chuva começaram a cair, e meu medo de molhar meu cabelo (mulheres¬¬) fez com que eu ficasse irritada. Claro que, meu intuito desde o começo disso tudo era ir para o ‘cantinho’ dele. Eu gostava de lá. Por mais simples que fosse, ou mais humilde, como ele dizia, aquele era o cantinho dele. Era onde eu me sentia tranqüila, onde eu ficava em paz. E tudo que era dele, era meu de alguma forma. Porque ele era meu.

Não vou ficar narrando aqui como e que horas chegamos em sua casa. O fato é: chegamos e ponto! Comemos juntos, conversamos um pouco. Ele já estava melhor. Foi aí que...bem ..Não preciso dizer muita coisa. Aliás, não devo dizer, pois não ocorreu tanta coisa. Foram pequenas, mas, tiveram sua intensidade. Ele havia tirado sua camisa assim que chegamos, de modo que, seu peito estava exposto à mim. Não preciso lhe dizer o efeito que isso causou em mim, não que eu nunca o tivesse visto daquele jeito, mas aquele era o momento em que eu mais precisava dele. Era o momento em que minha alma precisava de sua voz macia, seus sussurros, suas carícias e...Ah! Ele tinha uma pele tão macia! Branquinha, quase se podia ver suas veias...ele era bonito. De fato, era realmente bonito. Ele era magro, mas não tanto. Tinha um corpo bonito, mas não possuía corpo de ‘freqüentador de academias’. Era esbelto, e me chamava à atenção. Aliás, tudo nele me era chamativo. Tudo nele era atrativo. Seu rosto, seu corpo, sua voz, seu cheiro... Eucalipto e canela. Pois bem: num ato súbito, sucumbi aos meus próprios desejos. E ele aos seus. Nada demais aos seus olhos, mas, aos nossos olhos e às nossas almas eram mais que qualquer coisa; eram TUDO! De beijos vulcânicos, à carícias mais ternas. Ele era alguém realmente...intenso. E essa intensidade me saciava com apenas um gesto ou palavra. Dois corpos na parede, quase ao chão. Ah...não é válido pôr aqui palavras ou gestos. Só os beijos que dei nele. Ah, lábios venenosamente deliciosos! E quanto mais eu o beijava, mais eu queria daquele veneno. Puro e doce veneno. Dedos trêmulos, que várias vezes passeavam pela minha nuca, puxando delicadamente meus cabelos. Hálito quente, que pude sentir ao passo que sua respiração aumentava. E eu sentia cada carícia como chamas de uma pequena vela. Uma coisa que poucas pessoas sabem é que eu tenho muito medo do fogo. Porém, passo muito tempo admirando velas. Gosto delas, e por várias vezes, já cheguei a derramar um pouco de sua cera em minha pele. Parece um pouco sádico, mas, depois que você faz isso, sua pele se acostuma à dor. Quase não se sente. Porém, naquele dia eu senti a chama arder intensamente! A casa inteira estava queimando: as janelas, o sofá, as paredes...tudo em chamas! Por apenas um beijo. Ah, eu não posso dizer muita coisa. Estávamos um a um. Dois corpos na parede; uma só pessoa. Porque nós éramos iguais. A mesma pessoa. E só tínhamos um ao outro. Naquele momento, e em todos os momentos. Éramos somente ele e eu. Ou somente ele. Ou eu.

Demais não acha? Ou não. Demais só para mim. Foi o máximo que pude. O máximo que pude suportar. Olhá-lo, beijá-lo, acariciá-lo não era algo tão... fácil para mim. Não quando se tem pensamentos e sentimentos egoístas. Não quando se tem orgulho demais, ou quando os egos são diferentes e fortes o suficiente para não sucumbirem um ao outro (R.D). Mas, sucumbimos. E foi o máximo que meu ego pôde suportar. Parei. Tive de parar, respirar e voltar ao meu estado ‘normal’. essa altura eu não estava bem. Não mesmo. Coração acelerado, tremedeiras...pele quente. Levantei-me ao passo que ele continuava lá... Ao chão...respiração pesada, olhos fechados, ao que ele sibilava: “Summertime....and the livin' is easy...”

Olhei-o pela última vez; virei-me, e andando em direção à porta, eu o ouvi murmurar algo. Não me recordo bem o que era, mas sei que era importante. Mas, fiz QUESTÃO de não ouvir ou esquecer...Na verdade, eu não me lembro muito. E prefiro não lembrar. Precisava ir. Você deve se perguntar: Por que diabos ela sempre foge? Porque meu caro, minha cara...eu simplesmente tenho MUITO medo do fogo, lembra?

A única coisa que não saía da minha cabeça era da voz dele cantando para si: ‘Summertime....and the livin' is easy...’

Fato, fato, fato!

Eu tenho os cinco sentidos apurados. Sou sensível à qualquer coisa. Não sei quem eu puxei. Não sei se foi ao meu pai, ou à minha mãe. Na verdade, não tenho nada em comum com eles nesse quesito. Nem com minha irmã. Só com minha mãe, mas só pelo fato dela gostar de filmes, livros e música. Porém, ela não é sensível à isso. Seus livros são puramente ‘novelistas’, seus filmes daqueles de ação (vide Steven Seagle) ou daqueles romances estilo ‘E o Vento o levou’. Nada tão profundo.

Eu gosto daquilo que aguça minha sensibilidade. Não sei se isso me torna menos ou mais humana. Nem sei o que é ser humano. Há muitas contradições sobre o que é, e quem é o ser humano. Mas, não pretendo falar sobre isso agora. Deixarei isso para outro post.

Para você ter uma idéia, acho que sou a única canhota da família. Pelo menos, até onde eu sei, os meus parentes mais próximos são todos destros. Isso não me torna diferente deles. Mas, acho-os mais ‘humanos’ em algumas coisas, e menos em outras. Digo isso no quesito: sensibilidade. Nunca os ouvi falar nada sobre essas coisas. Mas, eu sei em que sou sensível. E do que eu gosto.

Gosto de sons. Gosto do tic tac do relógio. Tic tac, tic tac...parece até música! Veja no compasso: tic tac, tic tac, tic tac...TAC! E volta novamente: tic tac, tic tac...Lembra-me um casal dançando; um passo à frente, dois pra trás, e assim por diante. Nunca me incomodou o barulho de um relógio. Na verdade, eu o ouvia mais que o utilizava.

Gosto do som do Sino dos ventos. Adoro ouvir aquele‘plim plim’. Gosto de sinos em si.Gosto de seus barulhinhos. Digo ‘barulhinhos’ porque me lembra algo pequeno, algo...delicado. Algo como...Sininhos.

Gosto do barulho da água caindo do chuveiro, numa cachoeira, ou até mesmo numa cascatinha...fluindo...jorrando. Eu gosto. Por vezes já peguei recipientes para encher e despejar, só para ouvir o barulho da água. Até para ver sua transparência, seu brilho, seu fluir. Eu gosto disso. Gosto do barulho do mar, das ondas indo e vindo, se chocando nas rochas. Gosto do barulho do vento no mar.

Gosto de ouvir o chacoalhar das árvores. Aquele barulhinho de folhas balançado, do vento...E um cheiro limpo e fresco...Ah! Eu gosto daquilo. MESMO! Me acalma.

Gosto do barulho puro do vento. Gosto de ouvi-lo uivar. Gosto de senti-lo na pele.

Gosto do barulho da chuva. Fina ou grossa, tanto faz. Com trovões, ou apenas rajadas de vento, não importa; gosto de tempestades. E do cheiro dela também.

Só não gosto de barulhos de carros, o martelar num prédio, ou o derribar de um objeto. Coisas parecidas com isso me irritam. Deve ser por isso que gosto da natureza; ela não é rude. Ela é calma. Ela é transparente como a água, viva como árvores, fresca como o vento, limpa como a chuva. Ela é perfeita! Ela é harmonica.

Sou sensível à coisas boas e ruins. Seja cheiros, sons, paladares, tatos, enfim, qualquer coisa. Por isso gosto de cores. Mas não falarei delas agora. Nem da música. Deixo isso para depois. Porque agora, eu vou ouvir a som da água caindo nas minhas costas! Hohohohohoh...

Eu gostaria de saber cantar. Eu canto quando estou só. Minha voz é horrível, mas mesmo assim, faço questão de acompanhar a música. Gosto mesmo. E, gostaria de ter uma bela voz. Se eu tivesse, viveria cantando. Cantar é algo magnífico! Você sente cada nota vibrando dentro de você. Sentir a vibração da música é algo realmente mágico. Por isso, não me canso de ouvir, nem de cantar. Ainda que seje só no chuveiro, ou na frente do computador.

Fato.

O fogo machuca porque é intenso. Suas chamas parecem vivas. Quando nos tocam, a dor que nos trazem é imensa. A Água tranqüiliza porque é profunda como a alma de um humano. Mas não se engane; a água apaga o fogo. Portanto, tenha mais medo da água que do fogo.

sábado, 24 de abril de 2010

Conto e fato.

Quando eu era garota, pensava que nuvens eram como algodões. Eu desejava poder tocar uma. Elas eram fofas, macias ao meu ver. Branquinhas ou cinzas. Não importa. Eu poderia me sentar numa delas e, brincar um pouco. Já cheguei até pensar que, poderiam ser saborosas como algodão doce. Eu poderia tirar um pedacinho, e degustá-las. Pensava até no sabor: morango? Chocolate? Deveriam ter esse sabor. Ou baunilha, quem sabe. Isso dependia da cor do céu. Quando estava nublado, parecia ter gosto de raspadinhas de gelo. Ou, quando entardecia, e o laranja coloria o céu, parecia ter gosto de tangerina. Ou até mesmo quando o céu era coberto pelo véu negro da noite, deixando as nuvens roxinhas, me parecia ter gosto de uva. Eu imaginava isso, nas formas, na cores, em todo vasto céu. Mas, nuvens são como fumaças; são apenas massas de ar seco. Somente isso. Isso foi realmente frustrante quando descobri. Nunca acreditei em Papai Noel, ou em Coelho da Páscoa. Mas, quando descobri isso sobre as nuvens, senti-me a mais tola de todas as crianças. Isso é fato!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Fato. Não é mais um conto.

Pessoas são tão...superficiais! Para elas tudo é: beleza, bebidas, baladas, pegação, curtição, grana, sexo...E eu me pergunto: que graça tem tudo isso?

Do que adianta ser linda, maravilhosa, a mulher MAIS perfeita do mundo, rosto de boneca, corpo de sereia, e ao mesmo tempo ser....vazia?

Que graça tem, sair à noite, acabar na pista de dança, beber até ter um coma alcóolico, beijar mil caras numa festa, e sentir...vazio?

Que adianta ter todo dinheiro no mundo e ser...vazia?

Que adianta gozar, ter orgasmos múltiplos, ter a noite mais maravilhosa, com o cara mais lindo do pedaço e ser...vazia?

Sinceramente? As pessoas têm um conceito errado do que é curtir a vida. Curtir a vida é sentir o sol, nadar no mar, olhar o céu, tomar banho de chuva sem se importar com o cabelo, estar com a família em noites de Natal, ou mesmo num feriado. Curtir a vida é ter um tempo para Deus, falar com Ele nem que seja por alguns minutinhos. Tá, eu não tenho feito nada disso. Eu não tenho curtido a minha vida. Mas, curtir a vida para mim é desse jeito. Simples assim. A felicidade está nas pequenas coisas; no riso, na cor, na pintura, numa música, num lugar, numa pessoa. Tudo isso de forma simplória, porém rica e profunda o bastante para nos marcar.

Ai, que saudades dos tempos em que íamos à praia! Minha família e eu...sempre juntos. Ai, que saudades de minha infância!

Infância...coisa rica e rara hoje em dia. Apenas alguns vivem realmente a infância. Eu vivi a minha. Tenho ótimas lembranças dela...tenho saudades dela.

Nisso, eu paro pra pensar: As pessoas se importam com coisas tão corriqueiras, tão mesquinhas! Uma criança não vê o mundo como um adulto vê. Não mesmo. Daí, percebe-se minha frustração e minha indignação com o mundo. Supérfluo, mesquinho, de podridão, de prostituição, de violência...que aconteceu com as crianças do passado para se tornarem isso? E eu? Que aconteceu comigo para que eu me tornasse isso? Que acontece para eu pensar assim?

Acho que não fui feita para esse mundo. Ou...o mundo não foi feito para mim.

Fato. Ou conto.

Não me recordo muito bem dela. Apenas algumas coisas. Coisas importantes. Marcantes, posso dizer. Mas, infelizmente, tenho poucas lembranças dela.
Lembro-me do sorriso; puro, simples, e seguido de uma risada gostosa.
Lembro-me da voz dela; fraca, rouca, porém macia e quente. Adorava recostar-me nela, e ouvi-la falar. Eu parecia estar no envolta de uma manta bem quentinha e aconchegante. Era tudo o que eu precisava.
Lembro-me de seu colo quente, macio...Poderia passar horas ali, naquele colo. As horas passavam rápido, eu quase nem via passar. Eu adormecia durante o sermão na igreja. Adormecia nos braços dela. No colo dela. Adormecida ali, eu estava no paraíso.
Lembro-me das primeiras histórias. Os primeiros contos. Minhas memórias. Cada vez mais memoráveis, como diz Emília.
Lembro-me de seus presentes. De suas 'balinhas' que tomava sempre, para aliviar a dor.
Lembro-me de seu rosto; jovial, brilhante, quase sem rugas. Bonita. Até demais, para sua idade. Não sei ao certo quantos anos tinha, mas, já era de idade. Olhos castanhos, pequenos porém, brilhantes. Dois pequenos faróis, que me iluminavam a cada dia. Feições delicadas. Cabelos negros como ébano. Assim como os meus. Brilhosos como seda.
Eu a tinha. Eu a queria. Só para mim. Meu amor é desmedido e egoísta, como pode perceber. Queria seu sorriso só pra mim, assim como queria o sorriso dele. Eu a queria só pra mim, assim como eu o quis. Eu os esconderia de todos, para que ninguém os visse, ou tocasse. Trancaria-os numa masmorra. Presos à mim. Somente à mim. Eles eram meus. Só meus. Era o que eu achava. Detestava quando ela sorria pra outra criança além de mim. Ela era minha. Mais até que de seus próprios filhos. Ela era minha. Minha protetora. Minha mãe!
Ela ainda é minha. Minha lembrança. Minha memória. Tão viva... Tão perto...Tão longe...Quase não a lembro, e sempre a sinto. Viva! Sempre viva. Em minhas memórias, cada vez mais memoráveis. Minhas primeiras histórias. Meus primeiros contos.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Conto. Ou fato.

Lá estava ele. Cabelos desgrenhados, pernas largadas, braços abertos, levemente pousados sobre o banco. Olhou para mim. Sorriu. O sorriso mais lindo que posso me recordar. Dentes alinhados, puro marfim. Lábios finos, porém, chamativos. Dei alguns passos em direção à ele, e sentando-me ao seu lado, pude perceber que sua beleza era singular. Um rosto que não encontro em lugar algum. Era lindo! Nele se podiam ver todas as cores. Verde, vermelho, amarelo, azul, preto...Cores primárias, cores secundárias. Cores mais vibrantes que as do arco-íris. Cores puras. Intensas. Nele eu vi toda formosura da natureza. Nele eu vi o céu e as nuvens; vi em todos os seus tons, em todas as suas nuances, em todos os tempos. Nele eu vi a vasta floresta. Verde, viva, mágica. Nele eu vi o mar. Imponente, bravio ou calmo, azul ou verde, e , em todos os tons. Imaginei-me ali naqueles braços, naquelas pernas, naqueles cabelos, naquela boca, sentindo todo aquele ser... Meu coração gelava. E ao mesmo tempo, estava queimando em brasa viva. Algo ocorreu nesse momento, que desencadeou tudo isso. Porém, não me recordo. Estava devaneando. Ele também estava. Pude ver em seus olhos.

Conversamos pouco. Passamos a maior parte do tempo nos olhando. E a cada olhar, eu lia um pensamento. E ele lia os meus. Após tantos olhares, sorrisos e leituras, o ápice: o beijo. Enrosquei-me em seu pescoço, e ele me apertou em seus braços. Uma junção de lábios, línguas, braços, cheiros...O cheiro dele! Um cheiro sem igual. Eucalipto... Acho que era isso. Uma mistura de canela e eucalipto, penso eu. Pude senti-los nele. Talvez seja porque eu adoro esses dois aromas. O cheiro de sua roupa, de sua pele, de sua boca... meu DEUS! Aquilo tudo me deixou sem fôlego. Foi mais o que queria ou podia suportar. Entreguei naquele beijo tudo o que eu acreditava. Todo meu sentimento, todo meu coração, toda minha alma estava ali. E a dele também. Eu pude sentir. Mas, tive de partir. Não porque quis, e sim, porque precisei partir. Meu coração ficou apertado de tanta dor. Ele sentiu o mesmo. Vi em seu rosto. Tive de deixá-lo. Ou não. Talvez tenha sido egoísmo meu. Mas, eu o deixei. Deixei-o lá. Deixe-o só. E num ato egoísta, voltei para mim. Voltei para meus próprios braços.

Ainda me lembro daquele cheiro...eucalipto e canela. E, esse cheiro ficou impregnado em mim. Não sai...

Fato. Ou conto.

Um dia, aprenderei a não ter mais medo. Quando isso ocorrer, terei partido. Só não vou pra Pasárgada. Deve ser muito chato por lá.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Meu e dela.

"Sei que ele é minha maior loucura.
Meu caminho mais torto.
Minha calma e impaciência ao mesmo tempo.'' E.F.

Ele seria meu acerto. Meu caminho torto, mas, meu acerto. Minha calma e impaciência. Mas, seria meu acerto. O acerto mais acertado de minha vida!

Fato. Infeliz fato.

Eu queria. Mas, não existe. Isso ficou no passado agora.
Não tenho nada palpável. Nem amores, paixões ou projetos realizados.
Acho que a vida é uma grande piada. Uma piada mal contada. Onde muitos riem, outros nem tanto, e alguns choram.
Talvez eu esteja sendo egoísta. Egoísta, frouxa, fraca, chorona. Talvez não.
Por que eu deveria estar tão mal? Afinal, eu tenho: duas pernas, dois braços, uma família, um teto, não passo fome, estudo, essas coisas. Não deveria me lamentar, não é verdade? Deveria me contentar com isso e sorrir. Ser feliz. Mas, tenho uma notícia para te dar: EU NÃO ME CONTENTO. EU SOU INSACIÁVEL. Daí, você pode pensar e dizer o que quiser. Não me importo. Não mudará esse fato. Não mesmo.

Conto. Ou fato.

Eu sofro do maldito amor platônico. É...essa praga de amor. O pior e o melhor.
O pior porque você ama o intangível, o impossível.
O melhor porque é mais forte. Mais intenso.
Mas é o mais vil, o mais dolorido. E é um inferno!
Estou fadada a viver nisso. Esse tipo de amor eu não desejo nem à pior criatura do mundo.
Praga! Praga! Ninguém merece isso...só eu mesmo.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Fato.

Uma vez que eu fecho a porta, não torno a abri-la. E não há Cristo que me faça abrir nenhuma brechinha, ou janela sequer. Isso é fato.

Fato e Conto.


Quando eu era menina, achava que a vida era um conto de fadas. Eu sonhava que um dia, um belo príncipe mataria um dragão, me salvaria da torre, me levaria para seu castelo, e lá, viveríamos felizes para sempre! É...eu realmente achava isso. E, sonhava com isso o tempo inteiro. E várias vezes, pensei que tudo o que estava sofrendo na época, ia acabar rapidinho...se dissipar. Crianças são assim. Mas eu fui a mais tola de todas!

Eu amo contos de fadas, cada vez mais. Mas, não acredito no ‘Felizes para sempre’. Não mais. Pelo menos, não pra mim, ou na minha vida. Mas, se alguém ver em mim algo bom, e se, esse alguém me amar DE VERDADE, então, eu quero estar com essa pessoa o máximo que eu puder, ou o máximo que ela me suportar. Talvez, eu ainda espere um belo príncipe pra me salvar da torre. Mas, conhecendo o Dragão como eu conheço, ele esmagará o príncipe antes deste me ver...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Fato. Não é mais um conto.

De vez em quando, remexo em coisas antigas: fotos, cadernos, diários >tive poucos, acho que dois ou três <, desenhos, provas, mensagens de amigos e etc. Leio e releio tudo como se eu estivesse lendo pela primeira vez. Vejo os espaços vazios que deixei, leio pensamentos e acontecimentos da época, observo o traço tremido de meus desenhos antigos, relembro pessoas que não lembrava e, nem sei se ainda existem. Diante disso, vejo o quão desconhecida eu sou. Eu não me reconheço em minhas próprias palavras. Quando mexo nessas coisas >como hoje, por exemplo, depois da minha mais recente mudança<, percebo o quão incerto é o meu futuro, e quantas mudanças bruscas sofri e ando sofrendo. Hoje, remexendo numas caixas da mudança, achei um caderno antigo. Do ano retrasado, para ser mais exata. Peguei-o, folhei-o, li e não me vi em nenhuma das páginas. Não me encontrei em nenhuma daquelas palavras, nem em meus desenhos borrados. Pensando bem, eu não deveria olhar mais essas coisas. Deveria ignorá-las.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Amor

Amor...O que é realmente o amor? Seria mais um sentimentozinho barato como essas seriezinhas nos mostram? Como o amor de casais apaixonados como Bella e Edward?
Não. O verdadeiro amor não é assim. Eu sei BEM que não. Porque o verdadeiro amor queima como o fogo. É uma explosão de sentimentos como: ciúmes, raiva, egoísmo, e ao mesmo tempo, dar-se em prol do outro. Amor é como cavalos galopando ferozes. O amor é feroz. É um dar-se e não querer-se de volta. É estar constantemente em busca do amado. De estar com ele, de lhe devorar por inteiro. Amor não é tão passional. O amor é feroz. Queima, machuca, e no final...não morre. O verdadeiro amor NUNCA morre.

Fato. Não é um conto.

Não me lembro mais do rosto dele. Tudo o que vejo é um borrão. Um grande borrão de tinta marrom claro.
 
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