sexta-feira, 16 de abril de 2010

Fato. Não é mais um conto.

De vez em quando, remexo em coisas antigas: fotos, cadernos, diários >tive poucos, acho que dois ou três <, desenhos, provas, mensagens de amigos e etc. Leio e releio tudo como se eu estivesse lendo pela primeira vez. Vejo os espaços vazios que deixei, leio pensamentos e acontecimentos da época, observo o traço tremido de meus desenhos antigos, relembro pessoas que não lembrava e, nem sei se ainda existem. Diante disso, vejo o quão desconhecida eu sou. Eu não me reconheço em minhas próprias palavras. Quando mexo nessas coisas >como hoje, por exemplo, depois da minha mais recente mudança<, percebo o quão incerto é o meu futuro, e quantas mudanças bruscas sofri e ando sofrendo. Hoje, remexendo numas caixas da mudança, achei um caderno antigo. Do ano retrasado, para ser mais exata. Peguei-o, folhei-o, li e não me vi em nenhuma das páginas. Não me encontrei em nenhuma daquelas palavras, nem em meus desenhos borrados. Pensando bem, eu não deveria olhar mais essas coisas. Deveria ignorá-las.

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