domingo, 28 de novembro de 2010

Eu não tenho mais o que contar. Linhas tortas não contam histórias. Elas apenas marcam o papel. Eu só sei que eu tenho um sentimento. Levo essa dor e saudade eternamente comigo. E prefiro manter-me presa em meu labirinto, que solta no mundo à fora. Por favor, não tente argumentar! Não volto atrás em minha decisão. Estou perdida em meu próprio mundo, e dele talvez eu não saia tão cedo. Pelo menos, estou salva dos monstros que tentam me devorar lá fora.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Eu...

pequenos ossos e crânio, vestida em farrapos, na chuva, pisando em flores amarelas, pulando de lugar em lugar. Eu, que não encontro o caminho pra longe. Às vezes habitando em cidades, às vezes, em cavernas e esconderijos. E a certeza de que me afastei de casa. Decisão minha, claro. E nessa decisão, carrego a certeza, com um mundo de cores, cheiros, texturas e atmosferas. Mas, sinto falta de casa.
E aquele corpo...mulher...vinte e poucos anos...braços abertos, e um sorriso amarelo: "Que bom que voltou! Senti tua falta!" Deito-a em meu pequeno colo, acaricio seus cabelos curtos e observo seu rosto; pálido, encaveirado e o peso da idade em suas linhas. E a fragilidade. Ela sorri para mim, lembrando de nossos tempos juntas. E eu a observo sem nada dizer. Ela adormece, e eu parto em seguida. Um mundo novo de cores, texturas e cheiros me esperam. Deixe-me conhecer novas coisas! E eu a deixo por aí...sozinha...Ela...que não é mulher, nem garota. Ela que é apenas um ser, nada mais. Ela, que se tornou o MAIS importante e incrível de todos os seres para mim.!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

DISTIMIA. [Fato]

Tempos que não escrevo. Tempos que não conto algo. Minha imaginação não floresce. Minha mente não cria. E eu já sei porque; é por causa da DISTIMIA!
Ah! Essa minha amiga! À quem eu abracei, à quem eu beijei desde os meus cinco anos de idade. Ah, a Distimia! No canto da sala da escola, na cadeira de balanço do jardim de infância. Essa companheira, a quem eu puxei pela mão, e a trouxe para o quarto, à quem eu deixei escrever as minhas paredes. Essazinha, que rabisca minhas folhas, que rasga meus desenhos agora.
Essa praga de companhia que não me serve de nada, que agora me atormenta. É ela que me inferniza. Que sobe em mim, me lança ao chão, e me cobre de tapas. Essa que me cobre de dor.
É a minha melhor amiga! A única que eu tenho...ainda que eu não a queira mais.
"Distimia? POderia fazer o favor de ir embora para sempre e não mais voltar na minha casa? Por favor, não risque a parede, não faça mais desenhos feios. Não me faça chorar, implorar...Não me faça pensar!E por favor, leve nossas lembranças com você! Deixe para mim, um futuro de paz, ainda que solitário. Mas se puder sair daqui, e morar em outro lugar, eu agradeço! E ah...sabe aquele lance? Aquilo que eu não posso pensar, que me já me dá calafrios...leve consigo! Vá morar debaixo de uma ponte, mas não me apareça mais!"
Tsc...que coisa!. Sabe de uma coisa? Quando você tiver uma filha, e ela estiver beirando aos cinco anos...diga para ela nunca falar com estranhos.
 
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