terça-feira, 6 de setembro de 2011

Estava lá. Quarto escuro, pequeno e frio. Três pessoas ao meu lado. À minha esquerda um casal alegre e bonito. À minha direita um leproso rangendo de dor. As feridas eram nítidas em seu rosto. Que rosto? Eu não conseguia ver seus traços. Apenas feridas abertas. O que me era nítido eram seus dentes trincados pela dor.
Não posso lhe dizer como ou por que saí dali. Muito menos a expressão em meu rosto. Eu acredito que devo ter saído pelo frio. Fui lá pra fora. Não sei porque, lá fora parecia mais quente que dentro daquele quarto. POis bem; saí e fui pra perto da cerca. Que lugar vazio! Apenas o horizonte, a casinha e o céu estrelado. Quantas estrelas, hein? Pensei alto, óbvio. Olhei em volta, tentando sentir a brisa da noite e mal posso acreditar no que vejo: não quero que pense que estou blefando, ou mentindo. Isso não é um conto. Isso foi real. Eu senti na pele. E como senti! E eu não consigo descrever o que senti. Talvez fosse uma onda quebrando em rochas dentro de mim, ou apenas um pequeno choque. Não! mentira! Choque nada. Estava é com medo! MUITO MEDO! Ao longe eu vi um grande espírito em forma de um cavalo branco. É incrível descrever isso, mas realmente...ele era lindo ao horizonte, e o céu servia apenas como uma moldura. Mas ele era medonho! Fitava-me, e à medida que fazia isso, sentia o fogo queimando dentro de mim. Era o medo que eu sentia. Balbuciou algo que não lembro, e meneou a cabeça. Acho que era dizendo pra eu entrar. Entrei naquele quarto frio, e o casal ainda estava lá. Mas o leproso havia sumido. Confusa, voltei lá pra fora. O cavalo ainda estava lá, me fitando. E o fogo dentro de mim...meneou a cabeça, e eu voltei. Quarto vazio. Pra onde foi todo mundo? Não sei. Só sei que voltei pra fora e dessa vez o Cavalo me olhava diferente. Ouvi um estrondo e olhei à minha esquerda; dezenas de cavalos negros e selvagens partiam em minha direção e desviavam. Tomada de medo, voltei ao quarto com esperança de resposta. E permaneço aqui até hoje. Pra onde foi todo mundo? Ir lá fora nem pensar, tenho medo dos cavalos. melhor ficar por aqui. Sou covarde, admito. Mas...e se fosse você? O que faria? Duvido que sairia. Ah, eu duvido!
O tempo está seco. Tão seco que corta minha garganta. Ou será que são meus medos e anseios?
Já se imaginou cortando a própria garganta? Eu já! E penso que isso deve doer...mas não é nada pra quem tem a corda no pescoço. E eu só queria que o tempo estivesse melhor hoje. SOL, CADÊ VOCÊ?!

Quanto tempo!

Desculpem, pessoal. Agora que estou lendo os comentários do meu blog. Acho que eu vou reativá-lo.
Cansei tanto de escrever, escrever, escrever, e não escrever nada. Mas acho que me fará bem voltar à ativa, né?
Mas tenho que reaprender a escrever. Haha. Quem sabe, como o tempo eu consiga...
 
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