terça-feira, 20 de julho de 2010

Pisca-Pisca.

“(…) A vida, Senhor Visconde, é um pisca – pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem pára de piscar, chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos – viver é isso. É um dorme-e-acorda, dorme-e-acorda, até que dorme e não acorda mais.
A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso.Um rosário de piscadas. Cada pisco é um dia. Pisca e mama; pisca e anda; pisca e brinca; pisca e estuda; pisca e ama; pisca e cria filhos; pisca e geme os reumatismos; por fim, pisca pela última vez e morre.
- E depois que morre – perguntou o Visconde.
- Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?”

Memórias de Emília, Sítio do Pica Pau Amarelo - Monteiro Lobato.

E é assim que é. E é nisso que eu acredito. Porque a vida não passa de um pisca-pisca. E afinal, no que eu não concordo com a Emília? Se somos iguais? E vocês ainda verão muito da Emília por aqui.

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